Apesar do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) compor aliança de Lula em nível nacional e já ter apoiado sua candidatura ao governo em 2014, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) descarta a possibilidade de buscar qualquer tipo de ligação com a legenda, que, no estado, é comandada historicamente pelo ex-deputado federal Carlos Bezerra.

Sigla possui o comando da Capital por meio do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que já está em seu segundo mandato e se movimenta para tentar eleger o vice, José Roberto Stopa (PV), para a sucessão do Palácio Alencastro.

Ao comentar sobre as articulações para a corrida eleitoral de 2024, o petista disse que não há sentido construir uma aliança com uma sigla que acomoda um modelo de gestão que ele pretende mudar. “Aqui em Cuiabá não há sentido em construir uma aliança com o MDB, exatamente porque é a legenda que governa a Capital e nós defendemos um projeto alternativo ao que o atual prefeito representa”, disse durante entrevista ao programa A Notícia de Frente (TV Vila Real, 98.3 FM), nesta terça-feira (5).

Lúdio pontuou que após discutir sua candidatura com o PT e a própria federação, pretende buscar alianças com o Rede Sustentabilidade, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido Social Democrático (PSD), do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Parlamentar, no entanto, deve encontrar algumas barreiras. Isso porque o PSB faz parte do governo Mauro Mendes (União), que deve lançar o chefe da Casa Civil Fábio Garcia na disputa ao Alencastro. Já o PSD tenta atrair o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União), para se filiar a legenda e “brigar” pela prefeitura.

“Primeiro vamos resolver isso internamente dentro do PT. Depois vamos para a mesa debater com os partidos da federação, quem tem a Rede e o PSOL. O passo o seguinte será falar com o PSB e PSD. Aqui em Cuiabá, esse será o arco de aliança que a gente quer alcançar”, acrescentou.