O depoimento do ex-secretário de Estado Eder Moraes na 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso referente à ação penal por lavagem de dinheiro e ocultação de bens foi transferido para o dia 14 deste mês.

Também é réu na mesma ação penal o ex-secretário adjunto do Tesouro de Mato Grosso, Vivaldo Lopes.

Inicialmente, havia a expectativa que fosse nesta sexta-feira (10), porém, houve um contratempo que obrigou o juiz Jeferson Schneider dar prioridade a um outro processo que envolve réu preso. 

Ao sair da Justiça Federal, Eder Moraes afirmou que encara a fase de instrução processual como a melhor alternativa para desvendar o que considera de questões obscuras envolvendo a Operação Ararath da Polícia Federal. 

“Os meus depoimentos são a fase em que vou restabelecer a verdade e pôr fim a muitas acusações infundadas contra a minha pessoa”, disse. 

Adotando o discurso de que vai provar inocência, Eder Moraes ainda desafiou órgãos investigação a comprovar que cometeu graves irregularidades no período em que ocupou cargos estratégicos na administração pública estadual como Secretaria de Fazenda, Chefia da Casa Civil e Secretaria da Copa do Mundo. 

“Eu desafio qualquer um a provar que paguei precatórios de forma irregular ou que tenha prejudicado a contabilidade pública. Me acusam de muitos atos, mas posso assegurar que não desviei dinheiro público e não tenho conta no exterior para abrigar dinheiro público desviado. O tempo é o senhor da razão e tudo ficará devidamente esclarecido”. 

Nos últimos dias, Eder Moraes foi protagonista de uma nova polêmica. Desta vez, veio à tona um depoimento dado ao Ministério Público Estadual (MPE) envolvendo graves denúncias referentes as autoridades de Mato Grosso em esquemas de lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público. 

Um pedido de retratação foi encaminhado aos promotores de Justiça, porém, Eder Moraes prefere evitar comentários a respeito disso. “A verdade está sendo restabelecida com meus depoimentos na Justiça Federal”, disse.