Maurício Guimarães recebe empresários que prestaram serviços na Arena
Prestes a ser concluída, a obra de construção da Arena Pantanal vive mais um imbróglio. Desta vez, empresas da baixada cuiabana subcontratadas pela empreiteira principal, Mendes Júnior, denunciam um calote de aproximadamente R$ 40 milhões.
Revoltados e temendo não receber os débitos, cerca de 15 representantes de empresas terceirizadas estão reunidos com o secretário extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, no ginásio Aecim Tocantins. Eles tentam garantir que os próximos repasses a Mendes Júnior seja condicionado o pagamento as empresas terceirizadas.
De acordo com os empresários, a empresa que lidera a construção da Arena alega que a Secopa ainda deve repassar mais de R$ 120 milhões para a finalização da obra. Todavia, a Secopa informou que restam menos de R$ 20 milhões para a empresa até o final da obra. Além disso, Maurício Guimarães informou que o pagamento para os serviços já executados estão rigorosamente em dia.
Entre das empresas estão a Concremax, Varella Vidros, Catarina Pisos, Guaporé Vidros, CNN Inox, Brasflex e Açofer. Algumas ainda estão executando serviços de acabamento no estádio e ameaçam paralisá-los até que ocorra uma solução.
“A nossa ideia é parar caso não ocorra uma solução imediata. Não sabemos quando eles vão nos pagar e temos a informação de que a divida deles já é bem maior do que o dinheiro que eles vão receber”, explicou o representante da Concremax.
O secretário da Secopa Maurício Guimarães prometeu que irá pressionar a Mendes Junior e garantiu estar do lado do empresariado mato-grossense. Ele agendou uma reunião para a tarde de hoje com a empresa que lidera a obra. “Amanhã pela manhã terei uma respostas à vocês. Temos R$ 6 milhões para repassar a eles, mas garanto que só vou pagar, caso este dinheiro seja para resolver esta pendência com os empresários daqui”, afirmou.
A obra da Arena Pantanal, fixada inicialmente em R$ 420 milhões, fechará sua conclusão em R$ 605 milhões. A inauguração oficial será neste final de semana, na partida entre Santos e Atlético Mineiro, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
Este é o segundo problema financeiro envolvendo as empreiteiras da Secopa. No ano passado, a empresa Santa Bárbara, que liderava o consórcio com a Mendes Júnior, se retirou da obra após entrar em processo de recuperação judicial. Na ocasião, outras subempreiteiras também deixaram a obra alegando falta de pagamento por parte do consórcio.