O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, do PMDB, pagou fiança, nesta terça-feira (20), pra não preso por posse ilegal de arma. Na operação chamada Ararath, a Polícia Federal prendeu um deputado estadual e um ex-secretário de governo suspeitos de lavagem de dinheiro.
Agentes da Policia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em vários órgãos públicos. Foram recolhidos documentos e computadores no gabinete do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, do PSB, no Tribunal de Contas, no Palácio do Governo do estado, no Ministério Público e na Assembleia Legislativa.
Os policiais também fizeram buscas no apartamento do governador do estado, Silval Barbosa, do PMDB. Eles encontraram uma pistola 380, que estava com o registro vencido.
No fim da manhã, Silval Barbosa foi levado até a sede da Policia Federal para prestar esclarecimentos. Atuado por posse ilegal de arma, o governador pagou fiança e foi liberado.
Ulisses Rabaneda, advogado do governador: Essas informações constam no auto de prisão. Foi feito um pagamento de fiança.
Jornal Nacional: Teve um auto de prisão então?
Advogado: Na verdade, a partir do instante em que encontraram uma arma, ele foi conduzido para cá. Aqui, prestou os esclarecimentos e foi liberado.
Os policiais prenderam também o ex-secretário de Fazenda do estado, Éder Moraes, e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, que responde a mais de cem processos por desvio de dinheiro público.
No fim da tarde, os dois foram levados por homens da Policia Federal para o aeroporto da cidade. Eles foram transferidos para Brasília.
A ação desta terça-feira (20) faz parte da quinta etapa da Operação Ararath, que começou no ano passado. A Policia Federal investiga um esquema de lavagem de dinheiro e crime contra administração pública envolvendo servidores e empresas de factoring.
Em fevereiro deste ano, a Policia Federal apreendeu R$ 126 milhões em cheques e notas promissórias em escritórios comerciais e de advocacia e também em residências de Cuiabá e São José do Rio Claro.
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, declarou que vai encaminhar à Justiça documentos que comprovam a inocência dele.
O advogado do ex-secretário Éder de Morais disse que vai pedir o benefício da delação premiada para que seu cliente tenha redução da pena e colabore com as investigações.
O advogado do deputado estadual José Riva não quis comentar a prisão porque, segundo ele, não teve acesso ao processo.
Esse caso da Operação Ararath chegou ao Supremo Tribunal Federal depois que o nome do senador licenciado Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, foi citado nas investigações. Segundo o Ministério Público, o parlamentar é suspeito de ter usado instituição financeira clandestina para obter empréstimos fraudulentos.
O Ministério Público pediu que fossem feitas buscas de documentos na casa e no escritório do senador, mas o ministro Dias Toffoli negou o pedido. Segundo ele, os indícios não eram suficientes pra autorizar a medida.
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