O governador Mauro Mendes (UB) culpou o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pelo atraso nas obras do BRT (Ônibus de Transporte Rápido) na Capital. Em entrevista ao Programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM, nesta quinta-feira (30), ele concordou com o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, que apontou divergências políticas como um dos fatores para a conclusão das obras. 

Isso se deu porque Emanuel era contra o BRT e a favor ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e tentou, na Justiça, postergar o início das obras na Capital. "Emanuel atrasou em um ano o início das obras, não emitia as autorizações, licenças. A empresa tem razão e é preciso ter cuidado para eventual rescisão", disse o gestor estadual. 

O Consórcio Construtor BRT Cuiabá é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A. e Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. Além das discussões políticas, a empresa também apontou que mudanças no traçado do modal afetaram o andamento das obras, como em Várzea Grande.

Apesar de lá, o ex-prefeito Kalil Baracat (MDB) ser favorável ao novo modal, comerciantes das Avenidas Couto de Magalhães e Senador Filinto Müller, eram contrários e realizaram protestos na região. O modal teve que ser direcionado à Avenida da FEB, que também enfrenta problemas, de acordo com empresários.

"Normalmente, em alguns pontos ali no canteiro central, as pistas estão liberadas, os carros estão circulando normalmente. Obviamente, se ficar comprovado que houve dano a alguém, acho que o Estado tem sim que analisar isso e vai analisar, mas tem que estar comprovado. Nós teremos sensibilidade de analisar e tomar alguma atitude para ajudar essas pessoas", afirmou. 

Mesmo assim, o gestor reforçou sobre a possibilidade de rompimento de contrato caso o consórcio não apresente garantias que de as obras irão ‘acelerar. "Se a empresa não nos der garantias de que vai tocar as obras num ritmo diferente, o contrato será rescindido. Vão ter que garantir aporte de recursos, quitação de 30/01/25, todos os fornecedores em atraso. Se não provarem, vamos tomar o caminho mais dolorido", garantiu.