Diante das dificuldades encontradas em firmar aliança na chapa majoritária, o senador Jayme Campos (DEM) já adota o discurso de ser candidato isolado na reeleição ao Senado. Para ressaltar a possibilidade deste projeto político, o democrata afirma que sua confiança está amparada em levantamentos juntos à opinião pública que lhe assegura chances de vitória.

“Tenho pesquisas confiáveis que me colocam com 20 e até 30 pontos percentuais em relação aos demais pré-candidatos. Não sou aventureiro e tenho plena confiança de que posso conduzir esse projeto político. Minha história me credencia para isto”. A declaração foi dada nesta segunda-feira (31) antes de iniciar uma audiência na Assembleia Legislativa referente ao meio ambiente. 

O democrata Jayme Campos é considerado um dos mais influentes políticos do Estado, sendo ex-governador de Mato Grosso e ex-prefeito de Várzea Grande por três mandatos. Ainda foi o principal cabo eleitoral de Blairo Maggi nas eleições de 2002, quando o empresário do agronegócio ainda desconhecido saiu de 1% nas intenções de voto para se eleger governador pelo PPS ainda no primeiro turno. 

No começo das articulações políticas, o DEM estava sinalizando em a apoiar a candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo do Estado. No entanto, o diálogo que o PDT começou a travar com o PR se comprometendo a apoiar o deputado federal Welington Fagundes estremeceu a relação. 

Por outro lado, o DEM enfrenta dificuldades em dialogar com a base aliada do governador Silval Barbosa (PMDB), uma vez que, por imposição do diretório nacional, é vedada alianças com PT e PMDB nos estados, sendo necessário amplo aval para ser consolidada. “O projeto prioritário do DEM é a minha reeleição. Se for necessário, vamos sozinhos para a disputa, desistir jamais”, disse. 

Ao mesmo tempo, Jayme Campos ainda vê com bons olhos a possibilidade de uma terceira via ao governo do Estado, defendida pelo PTB que recentemente lançou a pré-candidatura do ex-diretor geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot. “É uma boa opção, mas como todo projeto político depende de muito diálogo para iniciar uma composição e a partir daí consolidar uma aliança”, ressalta.