O anúncio do governador eleito Pedro Taques (PDT) de apoio à candidatura do presidenciável Aécio Neves (PSDB) não foi digerida pela cúpula nacional da legenda. O presidente da executiva nacional do PDT, ex-ministro Carlos Lupi, ameaça punir os filiados que pedirem votos para o tucano.
Conforme o presidente regional do PSDB, deputado Nilson Leitão, Lupi chegou a ligar para Taques para fazer ameaças, na tentativa de intimidar o apoio ao ex-governador de Minas Gerais e agora candidato à presidência da República. No entanto, Taques teria dito que não perderia sua coerência neste segundo turno das eleições presidenciais. “O Carlos Lupi ligou ameaçando o Pedro, mas ele foi corajoso e disse que ama o seu partido, mas não pode nunca perder a coerência. Pedro foi importante na articulação para vinda de outros nomes do PDT”, afirmou em entrevista ao programa Folha Mix, na rádio Mix 94.3 FM.
Taques é um importante aliado de Aécio neste segundo turno, ajudou na conquista dos apoios do senador eleito por Brasília, José Antônio Reguffe e Lasier Martins, do Rio Grande do Sul, ambos do PDT. Nesta sexta-feira (10) em um comunicado para todos os filiados da legenda Lupi defendeu que a decisão tomada na convenção nacional de seguir com Dilma na eleição presidencial, seja seguida à risca. Na nota o presidente da legenda lembra que decisão de com quem vai seguir cabe somente à convenção. "Cabe à Convenção Nacional, e só a ela, decidir soberanamente sobre assuntos políticos, estabelecendo diretrizes para todo o Partido", diz trecho.
A ameaça aos filiados aparece logo em seguida. "Considera fato de extrema gravidade detentores de mandatos do PDT fazerem propaganda para candidatos que não sejam os indicados pelo partido, desobedecendo a deliberação dos convencionais".
Em Mato Grosso a legenda segue dividida, um grupo segue com Taques e outro está sendo liderado pelo sociólogo Hélio Silva, que faz parte do Diretório Nacional do PDT, assumiu a tarefa de coordenar a campanha dos pedetistas de Mato Grosso que apoiam a reeleição da presidente Dilma. “Estou respeitando a posição do PDT, definida democraticamente na convenção nacional. Os pedetistas que querem apoiar Dilma aqui podem contar com a coordenação”, explicou Hélio.
Hélio desligou-se do grupo ligado a Taques. Na campanha para o governo do Estado o pedetista atuou na linha de frente da candidata Janete Riva (PSD).
O pedetista informou que vai procurar o senador eleito Wellington Fagundes (PR), que coordena a campanha pela reeleição de Dilma em Mato Grosso, para combinarem ações conjuntas em prol da eleição da presidente Dilma. “Estou seguindo as orientações da direção nacional do PDT e vou abrir diálogo com aliados”, completou Hélio Silva.
Cristal
Domingo, 12 de Outubro de 2014, 10h18eduardo
Sábado, 11 de Outubro de 2014, 23h47ROBERTO RUAS
Sábado, 11 de Outubro de 2014, 18h27Agnello
Sábado, 11 de Outubro de 2014, 18h12ALZINO BERNARDES
Sábado, 11 de Outubro de 2014, 09h56ALZINO BERNARDES
Sábado, 11 de Outubro de 2014, 09h53