Em entrevista ao Jornal da CBN, na manhã desta segunda-feira (13), o governador Mauro Mendes (UB) cravou que a Revisão Geral Anual (RGA) para os servidores públicos do Governo do Estado, em 2025, será de 4,83%. O gestor também alfinetou políticos que usam o funcionalismo para fazer discurso, afirmando que esta postura foi responsável por “quebrar” os cofres de Mato Grosso anos atrás.

Mauro Mendes confirmou que não negociará um índice maior do que os 4,83%, baseado no resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O gestor relembrou da situação que recebeu o Governo do Estado de seu antecessor, o ex-governador Pedro Taques, destacando que naquela época sequer eram feitos investimentos e obras, por exemplo.

“Vamos enviar nesta semana a proposta de 4,83%. O Governo do Estado está entrando no limite prudencial de gasto com pessoal. Vamos lembrar que em janeiro de 2019, quando assumi o cargo, o 13º de 2018 não tinha sido pago e os salários estavam sendo quitados de forma parcelada porque se gastava muito com servidor e não se investia em nada. Se eu fosse nomear tudo que tem lá e fosse uma decisão da população, tudo bem, mas aí, param as obras para se gastar com funcionalismo, e não é isso que o cidadão que paga imposto quer”, afirmou.

O governador também alfinetou políticos, inclusive de sua base aliada, que fazem discursos em defesa do funcionalismo público e por um índice maior para a RGA. Mauro Mendes afirmou ainda que, ao encaminhar o projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), irá alertar os deputados estaduais sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), já que os gastos com servidores estão chegando no limite prudencial para despesas com folha, que é de 46,55% da Receita Corrente Líquida.

“As decisões se dão com base em estudos técnicos e não em achismos. Vou seguir o que é correto. Se ficar querendo fazer média, como a maioria dos políticos acha que deve ser, quebra o Estado, como já fizeram há pouco tempo atrás. Vamos encaminhar sim, os 4,83%, que é a reposição da inflação. Nós gastávamos 38% da receita com folha salarial e já está chegando a 44%. Ela cresce acima da inflação, por conta das progressões na carreira. Se deixarmos por conta de populistas e incompetentes, quebra qualquer cidade, estado ou país”, alfinetou.