O governo Mauro Mendes (União) deve propor ao Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) uma autorização para assumir as obras de BRT (Ônibus de Rápido Transporte) com a missão de entregá-la ainda no mandato do governador. A proposta está sendo estudada e elaborada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), que avalia duas possibilidades: uma que a MT PAR assuma a obra e a segunda a própria Sinfra.
A reportagem apurou junto a interlocutores do governo e servidores da própria Sinfra, que a proposta já estaria avançada e se iniciou antes mesmo do anúncio da rescisão do contrato com o Consórcio responsável pelas obras do modal. No caso do MT PAR, a avaliação é de que a empresa de sociedade de economia mista mato-grossense vem adquirindo respaldo e experiência perante o mercado investidor, já que recentemente assumiu o controle acionário da Concessionária Nova Rota do Oeste (CRO), que é responsável pela duplicação da BR163 no Estado.
Outro ponto importante é que com o MT -PAR, o regime de contratação seria diferenciado, não precisando de uma nova licitação. Os defensores dessa solução acreditam que as empresas que estão atuando na duplicação da BR163 poderiam ser contratadas para atuar no BRT.
‘Uma solução que estamos estudando é dividir em lotes as obras do BRT. Isso nos daria a possibilidade de contratar até 4 empresas ao mesmo tempo, para cada uma ir tocando uma área ou frente. Uma só para o asfalto, outra para os pontos e assim, aceleraríamos esta obra’, disse um dos membros que compõe a comissão que analisa a solução para o BRT.
Já no caso da Sinfra assumir a obra, o estudo é saber se ela teria condições de tocar a obra ou teria o aval do TCE para realizar contratações emergenciais de empresas que assumiriam a construção imediatamente para tentar minimizar o transtorno da a obra parada vem causando no trânsito da capital.
A Gazeta procurou o chefe da Casa Civil Fábio Garcia (União), que manteve o posicionamento, via assessoria, afirmando que processo de rescisão ainda está em andamento, e que o governo estuda todas as possibilidades para garantir que a obra seja realizada com rapidez, qualidade e economia. O Consórcio Construtor BRT Cuiabá também afirmou que ainda não irá se manifestar sobre a rescisão e multa.