Política Sexta-Feira, 07 de Fevereiro de 2025, 12h:50 | Atualizado:

Sexta-Feira, 07 de Fevereiro de 2025, 12h:50 | Atualizado:

REGALIA POLÊMICA

Perri defende mercadinho em presídios; Mauro critica decisão em MT

Governador pediu à PGE para analisar o caso

Da Redação

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

Perri-Mauro

 

O governador Mauro Mendes (UB) e o desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, divergiram a respeito da decisão dada pelo juiz Anderson Candiotto, da 4ª Vara Civil de Sorriso (420 km de Cuiabá), que liberou o funcionamento de um mercadinho instalado no Centro de Ressocialização de Sorriso (CRS). Em entrevistas dadas nesta sexta-feira (7), os dois opinaram de formas diferentes sobre a questão polêmica. 

Na decisão, o magistrado destacou que encerrar o funcionamento do mercadinho comprometeria a função da unidade prisional. A Defensoria Pública de Mato Grosso ingressou com uma ação civil pública contra o Estado após a publicação da Lei Estadual nº 12.792/2025, que busca combater a entrada de produtos ilícitos nas unidades prisionais, proibindo mercados e estabelecimentos semelhantes que não estejam "em conformidade com a norma. 

Perri avaliou que a decisão foi correta. “Absolutamente correta a decisão do juiz. É preciso que a sociedade compreenda, e nós procuramos mostrar isso ao governo e aos nossos parlamentares, que o mercadinho tem previsão legal, não é algo imoral, ilegal. A verdade é que o Estado não está cumprindo com a sua obrigação de fornecer o mínimo do mínimo para que os presos cumpram com dignidade as suas penas. Estão faltando produtos de higiene lá dentro”, afirmou Perri. 

O desembargador ainda argumentou que o Estado não tem “autoridade moral” para não permitir a existência dos mercadinhos porque não oferece qualidade suficiente para que os presos cumpram suas penas com o “mínimo de dignidade”. “Hoje faltam sabonetes, faltam pastas de dentes, faltam aparelhos de presto barba e estão faltando os produtos de higiene íntima, absorventes íntimos para as nossas reeducandas e querem proibir o mercadinho. Com que autoridade moral?”, criticou o membro do TJ. 

Defensor de leis mais duras e menos regalias para a "bandidagem", o governador discordou e criticou a decisão de permitir o funcionamento de mercadinhos. Ele afirmou que já pediu à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) analisasse o caso. “Eu tomei conhecimento pela imprensa ontem dessa decisão, já pedi à Procuradoria do Estado que olhasse o caso, saber quais os argumentos que o magistrado usou. Decisão judicial, você recorre dela. Eu discordo, pois hoje o Estado faz um esforço gigantesco para combater as organizações criminosas", afirmou.

Além disso, Mauro rebateu as falas de Orlando Perri de que o Estado não fornece itens essenciais de necessidades básicas. Mendes comentou também que o Conselho Nacional do Sistema Penitenciário recomendou o fechamento de todos os mercadinhos no Brasil. “Se precisa fornecer sabonete e pasta de dente, nós vamos fornecer. Não tem justificativa para ter um mercadinho que historicamente é coordenado por facções criminosas. Tem depoimento feito ao Gaeco que confirma isso”, explanou.  





Postar um novo comentário





Comentários (2)

  • Marcos

    Sexta-Feira, 07 de Fevereiro de 2025, 16h32
  • É imaginario o que acontece neste país, os caras matam, traficam etc etc, no final ganham mais dinheiro que um trabalhador honesto. Os privilégios são um absurdo. Queriam até ar condicionado nas celas, deste jeito até eu quero ser preso, ar condicionado, café da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e tv 70 p.
    0
    0



  • J.conceicao

    Sexta-Feira, 07 de Fevereiro de 2025, 16h00
  • Acontece que os produtos fornecido pelo estado vem de pregão público, onde por força de lei o governo tem que comprar os itens mais barato, logicamente mais inferior. Daí os internos não gostam de certos produtos!
    0
    0











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet