O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) afirmou que é contra a proposta de criação de uma ‘superfederação’ entre seu partido com o União Brasil e o Progressistas, elencando os prejuízos que essa medida traria tanto para a dinâmica política quanto para o trabalho consolidado por sua sigla nos últimos anos. Segundo o parlamentar, a formação de federações com partidos grandes e antagônicos compromete a individualidade e a identidade das legendas, dificultando o diálogo e enfraquecendo o vínculo com o eleitorado.
"Eu, particularmente, sou contra, porque se torna um partido muito grande. E quando fica uma federação, na verdade não é partido, mas uma união de partidos muito grande e o diálogo fica ruim. Acho que o fortalecimento do partido passa pela sua individualidade, pelas suas características individuais. Muitos partidos estão crescendo, muitos partidos estão sumindo por conta disso, porque a população consegue identificar", afirmou durante entrevista à Rádio Cultura na última terça-feira (28).
Guimarães também destacou os riscos das federações em sistemas proporcionais, onde o voto em um partido pode eleger representantes de outros partidos com linhas ideológicas diferentes. “Quando você faz uma federação, seja o União Brasil, Progressista e Republicanos, numa chave proporcional, você votando no republicano, automaticamente você pode eleger alguém do progressista. Pode eleger alguém do União Brasil. E o nosso partido é um partido que carrega, dentro da sua estrutura partidária, bons nomes e uma vida própria”, asseverou.
O deputado ressaltou ainda o trabalho desenvolvido por ele e sua equipe ao longo dos últimos anos em Mato Grosso. "Resultado desse trabalho, juntamente com os demais companheiros foi eleger 12 prefeitos, 22 vice-prefeitos e 168 vereadores. Hoje somos a 4ª ou 5ª força do estado, ou 4ª ou 5ª força do país. A gente vê o crescimento desse partido, a aceitação da população por ser um partido de centro-direita, que preserva a ideologia de direita, mas dialoga, conversa com o centro, conversa com a esquerda com respeito, admitindo seus erros na medida do possível”, avaliou Diego.
Para o parlamentar, a proposta de ‘superfederação’ coloca em risco todo esse avanço e pode significar um retrocesso para as conquistas políticas de seu partido. "É um partido que está muito antenado àquilo que a população quer. Houve um crescimento gigante, e quando a gente fala em federação, a gente vê talvez um desmonte de todo esse trabalho, porque você vai falar em candidaturas a deputado estadual, federal, e posteriormente a vereadores, de partidos que talvez dentro do município aí são antagônicos. E isso é ruim, isso é péssimo”, criticou.
O parlamentar reforçou sua posição de defesa pelo fortalecimento das características individuais dos partidos, mas ponderou que a decisão está nas mãos do Congresso Nacional. “Vamos aguardar porque é Brasília que vai decidir isso e não nós, infelizmente”, desabafou.
Eduardo Henrique Jr
Domingo, 02 de Fevereiro de 2025, 20h07Gonçalo Corrêa
Domingo, 02 de Fevereiro de 2025, 12h55Marcio Natal
Domingo, 02 de Fevereiro de 2025, 12h41Isaias Miranda - jesus meu tesouro !
Domingo, 02 de Fevereiro de 2025, 11h36