Ministro do TCU, Augusto Nardez, esteve visitando Cuiabá dias atrás
A Copa do Mundo trará decepções aos brasileiros e algumas cidades-sede que não estão preparadas passarão vergonha, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, ao comentar problemas e atrasos em obras para o Mundial.
Nardes falou que visitou algumas das 12 cidades-sede da Copa, que começa no dia 12 de junho e ficou impressionado negativamente com o que viu. "Teremos decepções na Copa. Cuiabá parece uma praça de guerra", afirmou em discurso durante o lançamento do portal de transparência dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, citando como exemplo a capital de Mato Grosso.
A Arena Pantanal, em Cuiabá, é um dos três estádios ainda inacabados a menos de um mês do Mundial. Na semana passada, um operário morreu ao sofrer uma descarga elétrica no local, tornando-se a oitava vítima fatal entre funcionários que trabalhavam em obras de estádios da Copa.
Os outros dois estádios que ainda passam por obras são a Arena da Baixada, em Curitiba, e a Arena Corinthians, sede da abertura do torneio. Apenas dois dos 12 estádios do Mundial - em Belo Horizonte e Fortaleza - foram entregues no prazo determinado pela Fifa. Esses dois estádios foram utilizados na Copa das Confederações do ano passado, juntamente com as arenas de Salvador, Brasília, Rio de Janeiro e Recife.
Aeroportos
Além dos estádios, outros pontos dos preparativos do Brasil para o Mundial sofreram problemas, como obras de mobilidade urbana e aeroportos. Em muitas destas obras houve atrasos e algumas foram abandonadas. O presidente do TCU lembrou que obras nos aeroportos das cidades-sede não ficarão prontas a tempo do início da Copa do Mundo. "Os aeroportos não estão prontos."
Nesta semana, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, cogitou a possibilidade de multar a Infraero, estatal que administra aeroportos, pelos atrasos nas obras, mas garantiu que os terminais estão preparados para receber turistas para o Mundial.
Nardes afirmou ainda que o Brasil precisa aprender a ter planejamento e deixar de lado a cultura do improviso e do "jeitinho" na preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. "Precisamos avançar como nação, precisamos avançar, apesar dos erros que teremos. Temos que mudar a cultura de improvisação e do jeitinho, aprender a planejar o país", disse.
"Claro que temos ainda algumas situações de constrangimento e atrasos... estamos vigilantes para que não passemos uma vergonha como infelizmente vamos passar na Copa do Mundo em algumas cidades que não estão preparadas para receber os cidadãos."
ANTONIO COSTA
Sexta-Feira, 16 de Maio de 2014, 09h04Rudi
Quinta-Feira, 15 de Maio de 2014, 21h46Pedrini
Quinta-Feira, 15 de Maio de 2014, 20h16Vigilante
Quinta-Feira, 15 de Maio de 2014, 19h53