O vereador Rafael Ranalli (PL) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá para cobrar apoio dos colegas na aprovação de projetos polêmicos que tramitam na Casa. Entre as propostas defendidas pelo bolsonarista, estão a proibição da participação de crianças em paradas do movimento LGBTQIA+ na capital e a determinação de que o sexo biológico seja o único critério para definir o gênero de competidores em eventos esportivos.
Ele também abordou a imigração de venezuelanos e haitianos no país. Durante seu pronunciamento nesta quinta-feira (06), o parlamentar argumentou que as medidas visam proteger a infância e garantir a equidade nas competições esportivas.
Segundo ele, a presença de crianças em eventos como paradas LGBTQIA+ pode expô-las a conteúdos inadequados. “A minha briga aqui não é com as pessoas LGBTs, que tenham seu espaço, seu lugar de fala, porém, Parada Gay ou qualquer outro evento de cunho ou orientação sexual não é lugar de criança e eu conto com o apoio desses pares porque 99% desses pares quando sobem nessa tribuna falam em nome de Deus”, discursou.
Já sobre a participação de pessoas trans em competições esportivas, Ranalli defendeu que a medida busca assegurar condições justas para os atletas. “Não me importa se a pessoa se redesignou mulher ela nasceu homem e com homem ela tem que competir. Não é justo para você que criou sua filha, colocar ela em uma aula de natação e quando ela crescer um sujeito arranca o peru e vai nadar junto com ela. Não é justo, ele não tem a mesma produção hormonal para competir. E eu quero ver a participação das mulheres nessa votação”, cobrou.
Além dessas pautas, o vereador também abordou a imigração de venezuelanos e haitianos no Brasil e principalmente em Cuiabá. O pano de fundo era o projeto da vereadora Dra. Mara (Podemos) que quer proibir a exposição de crianças em vias públicas, semafáfaros, feiras e espaços públicos, em situação de abandono, comercializando ou pedindo dinheiro.
Como presidente da Comissão da Criança e do Adolescente, o vereador disse que apoiará a proposta e, mais do que isso, defendeu o fechamento de fronteiras. “A gente vai até entrar em discussão que é fechamento de fronteira. Se os EUA, que é um país rico, não quer que vá vagabundo, delinquente e pobre para lá, por que a gente vai querer?”, questionou.
A fala ‘pegou mal’ e posteriormente, Ranalli voltou atrás e tentou esclarecer sua posição. “Só para esclarecer, acho que a maioria dos pares novos na fala da tribuna, somos meio ansiosos e nervosos, às vezes escolhemos palavras erradas. Eu quero pedir desculpas a quem interpretou minha fala errado. Quando eu disse para não vir ao país quem não tem condição financeira, quis destacar que aqui a gente já tem pessoas com baixa condição e aí vem gente buscar aqui, e já está tão difícil para o povo brasileiro. Eu quis fazer essa c.omparação com os EUA porque lá, quando você tenta entrar e não consegue provar que tem dinheiro para se manter durante uns dias, você não entra’, explicou”.