Cidades

Segunda-Feira, 10 de Março de 2014, 17h20

Ceja Vera Pereira atende primeira turma de trabalhadores resgatados em situação de escravidão

Da Redação

Cerca de 30 trabalhadores resgatados de situação parecida à escravidão, em diversos pontos do estado, foram inseridos à Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Cuiabá para darem continuidade ao estudo. O grupo formado por jovens na faixa de 18 a 25 anos está concluindo a primeira etapa de formação no Centro de Jovens e Adultos (Ceja) Professora Vera Pereira do Nascimento, na capital.

O projeto de inserção e capacitação profissional dos egressos do trabalho escravo é uma iniciativa inédita da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso (SRTE-MT) que atua em parceria com outras instituições como a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), Senar e Sistema S.

Essa é a primeira turma que a Seduc está trabalhando. A partir de diversas reuniões entre as instituições envolvidas (SRTE-MT , Senar) estão desenvolvendo um atendimento específico para esse público. “Essa é uma experiência diferenciada que temos que pensar dentro das necessidades desse público”, destacou o gerente da EJA na Seduc, professor Joaquim Ventura.

“Apesar do curso no Ceja ser modular – de três meses – precisamos estudar uma forma de torná-lo atrativo e flexível para garantir a mobilidade do perfil desses estudantes”, destacou a coordenadora do Ceja Vera Pereira, Lucineth Albuquerque. A coordenadora conta que uma das alunas foi deslocada para trabalhar no interior do estado e voltará dando continuidade aos estudos, pois levou uma apostila com o conteúdo para estudar.

Segundo Ventura, os estudantes necessitam de um ensino diferenciado. Na maioria das vezes, após o curso profissionalizante, são integrados ao mercado de trabalho e deixam a escola de origem. Outro tópico abordado é a possibilidade de integração dos currículos profissional ao pedagógico e ainda a mobilidade de matrículas para escolas na região que estiverem trabalhando.

O superintendente do SRTE-MT, Valdiney destaca que o projeto, iniciado em 2009, já resgatou mais de 1.500 trabalhadores e vulneráveis (familiares). Desses, quase 600 passaram por formação profissional. “Nossa proposição é integrar outras instituições com a meta de ampliar as chances de inserção dos trabalhadores e familiares e torná-lo um Programa de Governo”, conclui.

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