Quinta-Feira, 07 de Setembro de 2023, 18h26
TERREIRO
“Guru do Tik Tok” é solto; vítima denúncia beijo forçado durante “passe” em MT
O advogado de defesa de Luiz Antônio disse que o cliente é inocente e que tudo será devidamente provado
G1-MT
Uma das vítimas do homem que se apresentava como médium preso, na terça-feira (5), suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 7 mulheres, relatou um dos abusos que afirmou ter sofrido. O suspeito foi identificado como Luiz Antônio Rodrigues da Silva, de 49 anos, e utilizava o Tik Tok para atrair as vítimas para uma 'tenda religiosa', em Cuiabá, segundo a Polícia Civil.
O suposto médium foi solto, nessa quarta-feira (7), um dia após a prisão. O suspeito publicou um vídeo nas redes sociais informando que os trabalhos no local estão mantidos. O advogado dele também confirmou o retorno das atividades.
O advogado de defesa de Luiz Antônio disse que o cliente é inocente e que tudo será devidamente provado no decorrer do inquérito.
O g1 conversou com uma das vítimas, que não quis se identificar. Ela relatou que começou a frequentar o terreiro em maio de 2022. Em dezembro do mesmo ano, se mudou para o interior de Mato Grosso e passou a ir uma vez por mês ao local.
O caso teria acontecido no fim de abril deste ano, quando ela entrou em contato direto com o suposto médium, para que ele colocasse o nome dela na lista para receber o 'passe', nome dado a um processo de transmissão de energias por imposição das mãos. Ela contou que na época não estava bem e o homem pediu para que ela fosse no local mais cedo para contar o que estava acontecendo.
"Fui e quando ele me viu, me chamou para entrar na sala dos atendimentos particulares. Ele começou a dizer que eu estava tentando salvar todo mundo e que eu não ia aguentar porque sou fraca. Perguntei o que eu podia fazer para melhorar. Ele começou a mudar de assunto e disse que iria me contar uma coisa que não era para dizer para outras pessoas", relatou.
Segundo a vítima, o homem pediu para que ela fechasse os olhos e perguntou se ela via uma casa bem simples em um sítio, com mato e cavalos.
"Eu falava que não conseguia ver e ele disse que estava nessa casa junto comigo. Depois, disse que eu era a mulher dele naquela vida e que eu perdi um filho e, por isso, eu ficava me culpando. Comecei a chorar e ele perguntou se podia me dar um abraço. Depois, segurou minha cabeça, puxou para perto, beijou meu rosto, a minha boca e se afastou. Ele sentou na cadeira com um sorriso no rosto e eu fiquei em pé congelada, não sabia o que estava acontecendo", disse.
A jovem relatou que perguntou para o homem por que ele tinha feito aquilo e que ela não consentia com a situação. Ele teria respondido que fez porque quis. "Ele deu uma risada e disse que eu estava deixando o que precisava passar e que podia dar tudo o que eu queria", disse.
A mulher disse que depois do ocorrido, ficou sabendo que algo parecido aconteceu com a cunhada dela e que depois foram surgindo outras vítimas. Segundo ela, o suspeito fazia da mesma forma, durante atendimento particular na sala, utilizando os mesmos argumentos de vidas passadas.
Segundo a vítima, o suspeito também questionava a orientação sexual dela, pois sabia que ela tinha uma namorada e a todo momento falava sobre o relacionamento.
"Ele perguntou se já fiquei com homem, se eu era virgem e se eu já tinha me deitado com algum homem. Ele sempre perguntava sobre a minha namorada e ficava colocando coisa na minha cabeça, dizendo que ela me traía com outro homem e que eu tinha que ficar com ele", disse.
O CASO
Luiz Antônio foi preso suspeito de abusar sexualmente de pelo menos 7 mulheres, dentre elas uma adolescente. Segundo a Polícia Civil, o suspeito utilizava o Tik Tok para atrair as vítimas para uma tenda onde prometia amparo sexual.
Conforme o depoimento das vítimas, no momento em que ficavam a sós com o guia para o suposto atendimento espiritual, ele se aproveitava para praticar os abusos. Segundo elas, o investigado alegava que os atos eram praticados por um 'espírito encarnado'.
De acordo coma delegada titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) da capital, Judá Marcondes, o suspeito produzia conteúdos no Tik Tok e divulgava o próprio trabalho como líder religioso na plataforma. Em seguida, o homem marcava encontros com as vítimas em um local onde afirmava manifestar sua religiosidade, informou Marcondes.
A delegada ainda relatou que, com a prisão do guia, acredita que novas vítimas devem aparecer.
Poconeano | 08/09/2023 11:11:22
Tem que levar umas boas chicotadas pra tomar jeito na vida. Esses macumbeiros são mal caráter, quem frequenta esses locais tem que ter a noção do tipo de pessoa que estão convivendo, esse aà já demonstrou ser estuprador, pervertido. Acorda povao.
Luiz | 08/09/2023 08:08:32
Tem que por esse vagabundo naquela jaula. Mas antes contar para eles o que esse verme estava fazendo aqui fora. Essa justiça é cega mesmo. Cadê a proteção as mulheres que a própria " justiça " fala tanto nas propagandas ??? Propaganda enganosa....mais uma como muitas que vemos. HIPROCRISIA
Juiz Solto é por que está estranho | 08/09/2023 06:06:50
Muito estranho. Se o Juiz soltou é por que tem coisa errado no inquérito.
Tonho | 07/09/2023 22:10:24
Pra ficar preso qual é o delito necessário? Como disse uma certa pessoa, "com a liberação das drogas" vamos diminuir a população carcerária.
Marcos | 07/09/2023 21:09:22
TINHA QUE TER PENA DE MORTE PRA ESSE TIPO DE PILANTRA
Alencar | 07/09/2023 21:09:10
Canalha. Tem que ficar preso esse tarado.
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