Quinta-Feira, 18 de Setembro de 2014, 00h03
FUNDO DO POÇO
Pacientes são obrigados a comprar até curativos no PS de VG
Prefeito e médico Wallace não ameniza problemas do setor
TVCA
A falta de medicamentos e a pouca quantidade de médicos para atender, além de deficiências na estrutura do prédio, foram alguns dos problemas que constam de um relatório sobre as condições do Pronto-Socorro de Várzea Grande (PSVG), na região metropolitana. O documento foi elaborado pela própria direção da unidade. A partir das informações, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) denunciou as irregularidades ao Ministério Público do estado (MPE).
O PSVG atende uma média de 18 mil pacientes por mês de Várzea Grande, Cuiabá e de toda a baixada cuiabana. “As condições não são as ideais. Muitas vezes, um médico atende a mais de 80 pessoas por dia. Isso leva numa queda de atendimento, numa queda no relacionamento médico-paciente. Isso não é bom nem pro médico e nem pra população que é atendida”, disse Gabriel Felsk dos Anjos, presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).
No estoque faltam de seringa a antibióticos. Quase sempre as gavetas e prateleiras estão vazias. Familiares de pacientes internados contam que precisam comprar alguns materiais. “Tem que comprar porque senão não é feito o curativo. Falta tudo aqui, falta até remédio”, disse a dona de casa Edileuza Souza dos Santos.
A espera no local também traz sofrimento. É preciso levar coisas de casa para ter algum conforto, como roupas de cama, travesseiros e ventiladores. O acesso a exames também não é fácil. Por causa de uma máquina de tomografia quebrada, por exemplo, a dona de casa Lenir de Campos teve que pagar pelo exame do marido. “Tivemos que pagar esse valor caro. Mas a gente tinha que acudir ele, não podia deixar ele morrer de dor”, afirmou.
Outros pacientes, como o pai da segurança Fátima Heloísa Leite da Silva, que estão entubados nos boxes de emergência há dias, esperam por um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Não tem, estamos esperando vaga. Não tem previsão, está na vaga de espera. Enquanto isso, está aqui”, disse a filha.
O relatório foi feito pelo diretor clínico do Pronto-Socorro, Edson Anchieta. “O cargo meu exige que eu comunique, sob pena de depois responder ao CRM mesmo, resolução do Conselho Federal de Medicina. Me dá a obrigação de comunicar toda e qualquer que seja as deficiências do serviço que eu sou responsável. Então, a condução do corpo clínico à supervisão eu só posso exigir a partir do momento que eu tenha a mínima condição de trabalho”, disse.
A Secretaria de Saúde do município informou que a denúncia foi recebida. O município vai justificar a situação ao Conselho e pretende melhorar o serviço. “A gente vai fazer uma licitação para que não haja de medicamentos e nem de insumos. A gente espera que até o mês de outubro todas as licitações estejam encerradas e, a gente, dando continuidade à assistência”, disse o secretário Daoud Abdallah.
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