O projeto de instalação de um crematório no Cemitério Parque Bom Jesus de Cuiabá está sob suspeita. O promotor Domingos Sávio de Barros Arruda, de Defesa do Meio Ambiente, abriu inquérito administrativo para apurar em que se baseou a licença prévia concedida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente(Sema). 

Domingos Sávio quer saber, por exemplo, porque a Sema não exigiu Estudo e Relatório de Impacto Ambiental((EIA/RIMA). O órgão ambiental do governo do Estado, conforme as informações preliminares recebidas pelo promotor, baseou-se somente em um Relatório Ambiental Simplificado(RAS). 

Em ofício encaminhado a Sema, o promotor escreveu que inicialmente as informações seriam de que havia EIA/RIMA, o que não se confirmou ao final. E ainda, que o processo administrativo que continha o estudo de impacto havia sido arquiva. 

Um dos sócios da Sociedade Mato-grossense de Empreendimentos (Somatem), empresa responsável pelo cemitério e projeto do crematório, Silvio Müller, diz que a empresa seguiu todos os trâmites legais para solicitar a licença. 

Conforme Silvio, a Somatem adquiriu o forno há pelo menos sete anos, mesmo tempo que vem tentando obter as licenças necessárias à instalação do crematório. A Sema informou que hoje estaria encaminhando a documentação solicitada.