Quarta-Feira, 15 de Janeiro de 2025, 23h00
CRUELDADE
Acusada injustamente de envenenar crianças deixa a cadeia
G1
A Justiça do Piauí libertou nesta segunda-feira (13) uma mulher acusada injustamente de ter envenenado duas crianças. Cinco meses depois das mortes, um laudo novo provocou uma reviravolta nas investigações.
Lucélia Maria da Conceição Silva, de 53 anos, estava presa desde agosto de 2024, acusada de envenenar duas crianças em Parnaíba, litoral do Piauí. Na época, a polícia encontrou na casa dela um veneno de rato, mesma substância presente no organismo dos irmãos de 7 e 8 anos.
"Eu sempre fui inocente, só quem acreditou em mim foi meu advogado e minha família. Eu sempre disse, desde o começo. Eu estou sentindo agora muito alívio", afirma Lucélia.
A polícia considerou que Lucélia tinha matado as crianças porque elas costumavam invadir o quintal para pegar cajus. Mas um laudo da Polícia Científica, que só saiu agora, cinco meses depois da morte das crianças, apontou que nos cajus consumidos pelos meninos não havia nenhum tipo de veneno. A partir dessa informação, o Ministério Público pediu a revogação da prisão de Lucélia e determinou que a polícia retomasse as investigações do caso.
A polícia investiga por que outros cinco integrantes da mesma família foram envenenados no almoço do Ano Novo com a mesma substância que matou os dois meninos. A mãe deles, Maria Francisca, um irmão e outros dois filhos morreram após comer arroz envenenado. Outra criança de 4 anos continua em estado grave.
Agora, a polícia aponta como suspeito desse envenenamento coletivo Francisco de Assis Pereira da Costa. Ele era padrasto da mãe dos meninos. Em depoimento à polícia, o homem disse que não gostava dos enteados. A polícia suspeita que Francisco também seja o autor das duas primeiras mortes.
“A gente já pode adiantar que tem, sim, informações que ele se encontrava no imóvel, inclusive antes das crianças apresentarem os primeiros sintomas”, diz o delegado Abimael Silva.
O delegado-geral da Polícia Civil do Piauí reconheceu que pode ter ocorrido um erro durante a investigação que levou Lucélia à prisão.
“Você vê que quantos casos já chegaram a reconhecimento indevido, a vítima reconhece uma pessoa que não é realmente o autor e aquela pessoa é presa. Então, assim, a posição de qualquer órgão policial, órgão jurisdicional é tentar se aprimorar cada vez mais”, diz Luccy Keijo, delegado-geral da Polícia Civil/PI.
A defesa de Francisco afirma que lutará pela verdade e que ele é inocente.
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