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Sexta-Feira, 28 de Fevereiro de 2014, 10h00

Alckmin quer isolar Marcola e líderes do PCC

UOL

O governo vai pedir a internação de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e de outros três líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes. O pedido será feito pelos secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, e da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Os dois se reuniram nessa quinta-feira, 27.

A facção criminosa PCC foi criada em agosto de 1993, num presídio de Taubaté (a 140 km de SP). Ela surgiu após o massacre do Carandiru, ação policial que deixou 111 presos mortos na invasão do pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção. O grupo fundador do PCC reivindicava o fim da linha dura e dos maus-tratos contra os presos. Marcola (f) assumiu a chefia da facção no final de 2002. Ele está preso por roubo a bancos.

A medida é uma resposta ao plano de fuga montado pela facção, e revelado pelo estadao.com.br, que pretendia usar dois helicópteros para resgatar Marcola e os comparsas da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.

Além de isolar os presos no RDD, o plano do governo é pedir à Justiça a decretação da prisão temporária de três dos acusados de participar do planejamento da fuga - todos estão em liberdade. Entre eles está Márcio Geraldo Alves Ferreira, o Buda. \"O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) vai pedir a prisão dele\", afirmou Grella.

Buda havia sido encarregado pelo PCC de procurar aeronaves que pudessem ser usadas no resgate dos presos. Ele fez quatro voos de teste para o plano. Os detentos queriam sequestrar um helicóptero no qual embarcaria a tropa de choque da facção.

Armados com fuzis e uma metralhadora calibre .30, eles teriam por missão dar cobertura para outro helicóptero. O plano era que esse segundo aparelho - um Esquilo - fosse blindado. Ele seria pintado com as cores da polícia e receberia adesivos que o tornariam semelhante aos Águias da PM.

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