A polícia prendeu na segunda-feira (9/9) um bombeiro voluntário acusado de iniciar incêndios florestais que se espalharam pelo Chile. Elías Antonio Salazar, de 39 anos, é acusado de atear fogo deliberadamente em matas porque queria ser um "herói".

Guillermo Gálvez, um detetive da polícia local, declarou que a principal motivação de Salazar foi que ele gostava de "participar do combate a chamas e ser um herói, ajudando quando as emergências aconteciam", segundo o "Telegraph".

Os incêndios, que mataram 137 pessoas e destruíram 2.000 casas, desencadearam um "estado de catástrofe" oficial em torno de Viña del Mar em fevereiro.

Salazar é a terceira pessoa a ser presa em conexão com os incêndios, o que levou Gabriel Boric, o presidente chileno, a declarar: "Todo o Chile está sofrendo e chorando por seus mortos".

Os outros dois suspeitos, que estão presos desde maio, são Francisco Ignacio Mondaca, outro bombeiro voluntário, e Franco Pinto, um trabalhador da agência florestal nacional. Pinto é acusado de incentivar os incêndios porque queria ganhar horas extras.

O trio supostamente coordenou o lançamento de cigarros acesos de seus carros na vegetação seca em pelo menos três pontos diferentes ao redor de Viña del Mar, o balneário mais famoso do país sul-americano.

Eles planejaram a conspiração no auge do verão no Hemisfério Sul, em meio a uma onda de calor recorde.

Após a sua prisão, Salazar foi demitido da Senapred, a agência nacional de prevenção e resposta a desastres.Os investigadores também apreenderam um computador e documentos da sua casa.