Sábado, 01 de Fevereiro de 2025, 20h00
SELVAGERIA
Brigas de torcedores deixam feridos e ruas viram cenário de guerra
Comerciantes fecharam as portas em vários bairros
G1
Conhecido como “Clássico das Multidões”, o jogo entre Santa Cruz e Sport, pelo Campeonato Pernambucano, motivou brigas de torcidas uniformizadas, correria e depredação nas ruas do Recife, horas antes da partida, no estádio do Arruda, na Zona Norte da cidade (veja vídeo acima).
Vídeos encaminhados ao Canal Globo e postados nas redes sociais mostram brigas, correria, bombas e depredação em vários bairros da cidade. Vários torcedores carregam pedras e pedaços de paus.
Num dos vídeos é possível ver um homem sendo alcançado e espancado por torcedores do Santa Cruz, que tiram a roupa da vítima. As imagens são fortes. Ele é atingido por diversos socos e pontapés em todo o corpo, por um grupo formado por mais de 10 homens. Um motociclista chega a se juntar ao grupo e jogar a moto na vítima, que estava rendida no chão.
Outras imagens mostram correria, fumaça e sons de fogos de artifício na Rua Real da Torre, no bairro da Torre, na Zona Oeste do Recife. Supermercados e lojas da região foram saqueadas. Nos bairros da Madalena e da Encruzilhada estabelecimentos comerciais fecharam as portas.
De acordo com o Hospital da Restauração (HR), emergência pública no bairro do Derby, região central do Recife, "12 vítimas de agressão física deram entrada na unidade, até o meio da tarde".
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, com a Polícia Civil e a Polícia Militar questionando sobre as ocorrências vistas nas imagens, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Numa reunião realizada na sede da SDS na tarde de sexta (31), com membros da PM, ficou definido que o jogo teria efetivo de 645 policiais, entre Batalhão de Choque, Rádio Patrulha, Rocam e Cavalaria.
Em comunicado à imprensa, a governadora Raquel Lyra (PSDB) afirma que está acompanhando o trabalho das forças de segurança, na sede do Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICCE). A gestora anunciou ainda que vai se reunir com representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público para tratar do caso.
Nas redes sociais, Raquel Lyra postou sobre o assunto. "Estou trabalhando com a equipe do governo desde o primeiro momento, e tomando as devidas providências para punir os vândalos responsáveis pela barbárie vista mais cedo no Recife. Cerca de 700 policiais estão destinados para a missão e os feridos estão sendo atendidos no HR. Os verdadeiros torcedores e a população não podem e não vão ficar acuados pelos que usam o futebol para praticar violência."
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), também se manifestou nas redes. "O que vimos hoje foram cenas criminosas no confronto entre vândalos que usam o futebol para praticar violência. É urgente a identificação e uma punição severa para esses delinquentes! Futebol não é isso", afirmou.
Clássico mantido
Por volta das 14h30, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, afirmou que o clássico Santa Cruz x Sport não seria cancelado.
"Não faz sentido cancelar o jogo porque joga gasolina na fogueira. O jogo tem que acontecer para reduzir a violência", afirmou, em declaração ao ge.
Segundo Carvalho, somente ele pode determinar o cancelamento da partida.
Mais cedo, devido à violência estabelecida, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), afirmou, em nota, ter pedido ao governo e à Federação Pernambucana de Futebol o cancelamento da partida. Porto entrou em contato com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, e com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Ricardo Paes Barreto, solicitando a suspensão do jogo.
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