Terça-Feira, 04 de Fevereiro de 2025, 07h00
FUGA NA PAPUDA
Detento que serrou grade de banheiro está foragido há 1 mês
G1
A fuga de Argemiro Antônio da Silva do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, completou um mês nesta segunda-feira (3). O preso de 62 anos estava ala de idosos do Centro de Internamento e Reeducação (CIR) quando escapou (saiba mais abaixo).
Durante a tarde, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF) informou que foi notificada pelas autoridades do município de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF, que Argemiro foi morto pela Polícia Militar de Goiás.
"De acordo com as informações repassadas, o foragido, que estava armado, foi localizado em Águas Lindas de Goiás e veio a óbito após confronto com equipes da Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) na tarde desta segunda-feira (3/2)", diz a Seape.
Argemiro Antônio da Silva possuía condenações que totalizavam 125 anos de prisão por crimes como roubo, associação criminosa, extorsão mediante sequestro e uso de armamento de uso restrito.
Veja o que se sabe sobre a fuga:
- Quem é o foragido?
- Pelo que ele foi condenado?
- Como foi a fuga?
- Como estão as investigações?
Quem é o foragido?
Em 2014, Argemiro Antônio da Silva participou, junto com o filho, Argemiro Antônio da Silva Filho, de um roubo à uma agência bancária na cidade de Itapirapuã, em Goiás (veja foto acima). Os dois e mais três homens foram presos e Argemiro foi levado para um presídio em Goiás.
À época, de acordo com o delegado da Polícia Civil de Goiás (PCGO) Alex Vasconcelos, responsável pela investigação, o grupo fez 12 assaltos a bancos em seis meses em Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Paraná.
Em 2018, segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), Argemiro Antônio da Silva comandou – de dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia – dois outros roubos a bancos em Goiás com diferença de poucos dias:
em 4 de março de 2018, Argemiro Antônio da Silva participou de um furto milionário a um banco de Crixás, em Goiás, segundo o Ministério Público do Estado (MP-GO). Na ocasião, ele e outras dez pessoas teriam furtado R$ 1,3 milhão do banco;
em 24 de março de 2018, Argemiro Antônio participou de outro roubo no banco na cidade de Carmo do Rio Verde. Segundo a Polícia Civil de Goiás, cinco pessoas foram presas e Argemiro foi indiciado por crimes de associação criminosa, latrocínio e posse ilegal de arma.
As informações foram encontradas pelo g1 GO na denúncia feita pelo Ministério Público contra os acusados do furto. O documento ainda diz que, de acordo com as polícias Civil e Militar de Goiás e Mato Grosso, Argemiro e outros sete acusados promoveram e integraram uma organização criminosa destinada à prática de roubos e furtos à bancos nos dois estados.
Pelo que ele foi condenado?
O foragido já teve condenação por crimes de roubo, associação criminosa, extorsão mediante sequestro, uso de armamento de uso restrito e resistência à prisão.
Como foi a fuga?
O Centro de Internamento e Reeducação (CIR), onde ocorreu a fuga, é um bloco destinado a custodiados vulneráveis e dividido em alas específicas: de ex-policiais e de idosos, de acordo com a Seape. A ala destinada a idosos, com capacidade para 177 custodiados, comporta atualmente 304, ou seja, está superlotada.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape/DF), quatro barras de ferro da grade do banheiro foram serradas. No corredor do bloco foi achado um cobertor com cordas, além de pegadas na porta e o arame farpado do estacionamento cortado.
Os policiais penais perceberam a fuga por volta das 7h de sexta-feira, após "conferência de rotina". A equipe fez buscas no complexo e solicitou a perícia da Polícia Civil do Distrito Federal no local.
A presidente da Comissão de Prerrogativas do Sistema Penitenciário do DF pela Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), Mariana Dias, alerta que é preciso reforçar a segurança dos presídios da capital.
"É necessário ressaltar que a unidade do CIR já foi alvo de outras fugas. Então, isso revela a necessidade do nosso sistema de segurança pública olhar para o nosso sistema penitenciário e fazer os investimentos necessários. Também é preciso repensar sobre a política de reeducação, de reinserção desses presos na sociedade, para que eles não retornem ao sistema penitenciário e cometam faltas", afirma.
Como estão as investigações?
Em nota, nesta sexta (3), a Seape disse que as buscas por Argemiro continuvam em andamento e que a Polícia Penal "está realizando diligências para sua recaptura e reforça a importância da colaboração da sociedade na localização e prisão do condenado."
A pasta informou ainda que concluiu, junto com o poder judiciário, as tratativas para solicitar a inclusão do nome de Argemirona lista de difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O g1 procurou pelo foragido nas notificações internacionais nesta segunda-feira (3), mas não foi possível localizá-lo.
Durante a tarde, a Secretaria de Administração Penitenciária disse que Argemiro foi morto durante um confronto com a Polícia Militar de Goiás, na cidade de Águas Lindas, nesta segunda-feira (3).
Graco Tibério | 04/02/2025 07:07:01
Uma vasta ficha criminal e pouco tempo de cadeia. Esse judiciário sempre abre brechas para que esses criminosos estejam constantemente em liberdade. O mal exemplo vem lá de cima "o emporcalhado stf". Vergonhoso.
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