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Sábado, 18 de Julho de 2015, 13h10

Dono de Porsche apreendido diz que tomou "calote" de Collor

Terra

Um dos carros apreendidos nesta semana pela Polícia Federal (PF) na casa do senador Fernando Collor (PTB-AL), em Brasília, pertencia ao empresário alagoano Luiz Gustavo Malta Araújo, de 37 anos. Ou melhor, ainda pertence. De acordo com ele, o veículo foi vendido ao ex-presidente em 2013, mas até agora o valor não foi quitado. Dos R$ 550 mil combinados, faltam R$ 300 mil. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a publicação, Malta comprou o Porsche no fim de 2011. Ele foi importado dos Estados Unidos e colocado no nome de seu posto de gasolina, o GM Comércio de Combustíveis, em Maceió. Em 2013, emprestou-o para um amigo, que coincidentemente era assessor de Collor. Quando o senador viu o veículo, demonstrou interesse em adquiri-lo. Mediante contrato, o empresário, então, o repassou para a TV Gazeta, afiliada da TV Globo em Alagoas da qual o ex-presidente é sócio.

Ele havia comprado o Porsche por R$ 400 mil e o vendeu por R$ 550 mil. O valor seria dado em um apartamento e um lote em um condomínio de Maceió. O imóvel (de R$ 150 mil) foi dado, mas o lote não. Malta pressionou e disse ter recebido R$ 100 mil em dinheiro, em duas prestações.

De acordo com O Globo, o carro continua no nome do posto de gasolina. Curiosidade: a mãe do alagoano é prima distante de Rosane, ex-mulher de Collor, mas ele garante que nunca teve contato com o político. "Estou levando um calote. Entrei nessa 'bonita' e nunca dei nem um aperto de mão nesse Collor. Nunca nem votei nele. Essa culpa eu não carrego", disse ao jornal.

Procuradas, as assessorias da TV Gazeta e do senador não responderam às acusações.

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