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Quinta-Feira, 08 de Maio de 2014, 03h27

Monica Lewinsky rompe silêncio sobre relação com Clinton

Terra

A ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky rompeu o silêncio de mais de uma década para insistir que sua relação com o presidente Bill Clinton em 1998 foi \"consensual\", mas acrescentou que \"lamenta profundamente o ocorrido\".

\"Claro, meu chefe se aproveitou de mim, mas me manterei sempre firme neste ponto: foi uma relação consentida. Qualquer abuso foi posterior, quando me transformou em um bode expiatório para proteger sua poderosa posição\", disse Lewinsky em artigo publicado nesta terça-feira pela revista \"Vanity Fair\".

Nele, ressaltou lamentar \"profundamente o que aconteceu entre o presidente Clinton\" e ela: \"Deixe-me dizê-lo de novo. Eu. Mesma. Lamento Profundamente. O. Ocorrido\", disse.

A revelação da relação extraconjugal de Bill Clinton com uma estagiária na Casa Branca foi um dos maiores escândalos políticos recentes nos EUA e levou o então presidente americano a ser submetido a um julgamento político que quase provocou sua saída da presidência.

Lewinsky, após alguns anos de depressão, resolveu tirar proveito da publicidade recebida com o lançamento de uma linha de bolsas com seu nome e a aparição em vários programas televisivos.

Em 2005 decidiu sair dos EUA para estudar na prestigiada London School of Economics, na Inglaterra, onde se graduou em psicologia social, e desde então refez a vida afastada dos meios de comunicação.

Para ela, agora \"já é hora de deixar de farejar\" em seu passado \"e no futuro de outras pessoas\".

\"Estou decidida a ter um final diferente em minha história. Decidi, finalmente, tirar a cabeça do parapeito de modo que possa retomar a narrativa e dar um propósito ao meu passado. (O que isso vai me custar, descobrirei em breve)\", ressaltou.

Lewinsky, que após a temporada londrina viveu em Nova York, Los Angeles e Portland (no Oregon), reconheceu ter \"permanecido virtualmente reclusa apesar de ter sido inundada com solicitações de entrevistas\" e de ter \"rejeitado ofertas\" que a teriam feito ganhar US$ 10 milhões.

Em 2008, evitou qualquer tipo de comentário ou aparição pública durante as eleições presidenciais em andamento, e a corrida presidencial democrata de Hillary Clinton.

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