Polícia

Segunda-Feira, 08 de Maio de 2023, 14h50

CAÇADA

Após ataque em MT, criminosos ficaram vários dias em cima de árvores

Novos detalhes da fuga e caçada aos bandidos foram revelados no Fantástico

ANA PAULA REHBEIN

G1 TOCANTINS

 

A Polícia Militar revelou novos detalhes da operação Canguçu, montada há cerca de 30 dias para capturar criminosos que atacaram a cidade de Confresa (MT), no dia 9 de abril, e fugiram para o Tocantins. Depois de entrarem pela Ilha do Bananal, os suspeitos chegaram a ficar por vários dias em cima de árvores para dificultar o trabalho da polícia.

Segundo balanço, 15 homens foram mortos e dois presos, após confrontos no Tocantins. Três homens também foram capturados após investigação da Polícia Civil de Mato Grosso. Dois foram encontrados em Redenção (PA) e um em Araguaína.

Em entrevista ao Fantástico, o major Thiago Monteiro Martins, porta-voz da PM, revelou parte da estratégia usada pelo grupo durante a fuga pelo estado. Estima-se que eles ficaram por 12 dias em cima de árvores.

"A Ilha do Bananal tem mais de 20 mil quilômetros quadrados, é um ambiente bem inóspito, nós temos água, temos um terreno muito complexo. Temos informações de que os criminosos ficaram vários dias em árvores, por exemplo, tudo isso dificultando a atuação da polícia".

A tecnologia ajuda no trabalho da força-tarefa. Os policiais têm utilizado binóculos com visão noturna e drones com câmeras termais para localizar os criminosos.

O drone é da polícia do Mato Grosso e funciona tanto à noite como durante o dia, com um longo alcance. Na tela de um computador, os operadores conseguem ver em tempo real as áreas monitoradas e direcionar as equipes para verificar as movimentações suspeitas.

A polícia acredita que outros suspeitos continuam na região oeste do estado, na zona rural de Pium, Marianópolis e Caseara. Segundo a PM, as buscas vão continuar até que todos os suspeitos sejam localizados.

Operação Canguçu

As buscas no Tocantins começaram no dia 10 de abril, depois que os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Eles até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais. São mais de 300 policiais de cinco estados.

Mesmo durante a fuga os criminosos têm deixado um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.

Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.

Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.

As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.

Comentários (2)

  • JOSEH |  08/05/2023 22:10:46

    15 votos do L cancelados e a caçada continua na Ilha do Bananal.

  • Arnando |  08/05/2023 22:10:43

    Queria estar junto na missão. Deus vai proteje_los. Amem

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