O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) "condenou" a coronel Rúbia Fernanda (Patriota) por ter aceitado o apoio do vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido), mas que até o início desta semana pertencia ao PDT, partido de centro-esquerda, que faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A fala ocorreu durante coletiva de imprensa na tarde de hoje. 

No entanto, Pivetta deixou o PDT na última segunda-feira (21), justamente por conta do apoio à coronel. De acordo com o presidente estadual do partido, deputado Alan Kardec, a executiva nacional já havia vetado qualquer apoio às candidaturas bolsonaristas.

“Isso é novidade para mim, eu não sabia que o Otaviano tinha deixado o PDT. Agora, candidato que se diz ser representante de Bolsonaro e se aliar com a esquerda não dá. A coronel, eu considero alinhada com o presidente, mas ela não pode cometer o equívoco de querer apoio do PDT”, disparou.

O parlamentar, que é defensor ferrenho do presidente, disse que não recebeu com bons olhos a informação de que a militar teria fechado apoio com os pedetistas. 

Barbudo revelou que também tem sido pressionado pelo PSL em Mato Grosso, que apoia a candidatura do deputado Elizeu Nascimento (DC) na disputa suplementar. Porém, disse que não foi procurado pelo candidato, ao contrário de outros candidatos ao cargo. “O Nilson Leitão, a Coronel e José Medeiros me procuraram. O Elizeu não me procurou, eu não tenho nada contra ele, mas assim fica difícil”, complementou. 

Por conta disso, Barbudo anunciou que vai a Brasília levar a informação do apoio de Pivetta à Fernanda e pedir orientação sobre qual candidato deve apoiar na eleição de 15 de novembro. “Os fatos estão acontecendo de uma tal maneira que vou ser obrigado à ir a Brasília para saber de fato o que fazer em Mato Grosso. O que eu tenho a declarar é que vou apoiar um candidato que estiver alinhado com Bolsonaro, de fato e de direita. Eu preciso respeitar também o regimento do PSL. A pressão é muito grande e eu preciso primeiro conversar com o presidente Jair Bolsonaro”, concluiu.