Política

Sábado, 08 de Fevereiro de 2025, 16h14

CRISE NA SAÚDE

Policlínicas de Cuiabá seguem sem previsão de reabertura

ANA JÚLIA PEREIRA

Gazeta Digital

 

A secretária de Saúde de Cuiabá, Lucia Helena, afirmou que não possui previsão da reabertura das policlínicas do Coxipó, Planalto e do CPA, devido ao endividamento que a pasta neste começo de gestão. Devido às mudanças da saúde municipal, o fechamento de diversas policlínicas sobrecarregou as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que são orientadas a receberem pacientes menos graves, a fim de desafogar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Com as policlínicas fechadas o cenário piora.

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, na sexta-feira (7), a secretária de Saúde afirmou que não possui previsão de reformas e reaberturas das policlínicas. Ela alega que não há dinheiro para as obras e que há outras prioridades no momento. A gestora também pontua que as policlínicas foram extintas do modelo de saúde nacional e não recebem mais dinheiro do governo federal.

“Nós pegamos um grau de endividamento muito grande na Saúde, com dificuldades inclusive para aquisição de insumos, medicamentos. Estamos tendo que 'se virar' para atender as demandas, que aumentaram muito. Então, a situação está muito difícil de levar. Nós não podemos falar de reformas neste momento, porque temos outras prioridades a serem feitas”, alegou.

Lucia Helena relatou que ela mesmo foi até a policlínica do Coxipó e viu que a unidade não possui nenhuma previsão de reabertura devido ao seu estado atual. “Durante a campanha do Abílio, eu estive na policlínica do Coxipó, eu praticamente inaugurei aquela policlínica em 1993, e dá dó de ver, uma estrutura daquela, completamente sucateada, sem previsão de abrir”, relatou.

Segundo a secretária, as policlínicas não possuem mais financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). “Esse modelo de atendimento não possui mais. Então, é UPA e Unidade Básica. Está se voltando a falar da possibilidade de se ter novamente as policlínicas, que seria alguma coisa intermediaria, mas isso não existe ainda”, afirmou.

Com o fechamento das policlínicas, os atendimentos estão sendo redirecionados para as UBS, em que as equipes de saúde da família cobrem mais de 70% das áreas da Capital.

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