Política

Terça-Feira, 06 de Agosto de 2024, 16h40

EFEITO IPHONE

Presidente do TJ ignora juízes e põe desembargadoras nas vagas de afastados em MT

Maria Helena e Nilza ocupam vagas de Sebastião e João

LEONARDO HEITOR

Da Redação

 

A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Clarice Claudino da Silva, convocou duas desembargadoras para substituir os desembargadores afastados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na última semana. Elas acumularão funções e ocuparão as cadeiras nas Câmaras da Corte que os magistrados atuavam antes da suspensão.

Clarice Claudino da Silva optou por convocar duas desembargadoras, para acumular função, ao invés de chamar juízes de primeira instância para atuarem como substitutos. Foram convocadas as magistradas Maria Helena Gargaglione Póvoas, que atuará na Primeira Câmara de Direito Privado, na vaga do desembargador João Ferreira Filho.

Para a cadeira do desembargador Sebastião de Moraes Filho, na Segunda Câmara de Direito Privado, foi nomeada a desembargadora Nilza Maria Possas de Carvalho. A portaria foi publicada no último dia 1º de agosto e assinada pela presidente do TJMT, entrando em vigor desde então.

O CNJ, em uma decisão prolatada na última quinta-feira (1º) pelo ministro corregedor da Corte, Luis Felipe Salomão, determinou o afastamento dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, motivado por conta de informações contidas no telefone celular que pertencia ao advogado Roberto Zampieri, por suspeita de venda de sentença.

Roberto Zampieri foi assassinado a tiros na noite do dia 5 de dezembro na frente do próprio escritório no bairro Bosque da Saúde, região nobre da Capital. Ele estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingido com diversos tiros de pistola calibre 9 milímetros disparados pelo pedreiro e pistoleiro, Antônio Gomes da Silva, de 56 anos.

Em junho, em uma manifestação onde foi negado um pedido de devolução e destruição dos dados contidos no aparelho celular do advogado, o CNJ apontou que uma decisão do desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) teria sido o motivo para a morte do jurista. O imbróglio judicial se deu por conta de uma disputa envolvendo uma área de 4,5 mil hectares, avaliada em quase R$ 6 milhões.

Segundo as investigações, o médico veterinário Aníbal Manoel Laurindo, que é fazendeiro e empresário, sua esposa Elenice Ballarotti Laurindo, e também o irmão dele, José Vanderlei Laurindo, estavam envolvidos numa disputa de terras contra um cliente de Roberto Zampieri, identificado como Jessé Benedito Emídio, por causa de uma fazenda no município de Paranatinga.

A área, no valor de R$ 5,9 milhões, deveria ser repassada ao cliente do advogado. Trechos de decisões mostram o conflito de terras envolvendo as famílias Zampieri e Laurindo. O embate judicial durou vários meses, com desfecho em maio de 2023, quando foi determinada a reintegração da posse da Fazenda Lagoa Azul, de 4.596 hectares que pertencia então a José Wanderlei.

Comentários (6)

  • aquiles |  07/08/2024 08:08:35

    xi, ai tem, mais morosidade nos processos

  • Impressionante |  06/08/2024 23:11:19

    Já são morosos os serviços do judiciário, imagina com acúmulo de finções.

  • ainda bem que nasci em 70 |  06/08/2024 21:09:00

    E isso vai gerar para elas aqueles salários estratosféricos que tanto espantam a população extorquida pelos impostos.

  • Cada coisa  |  06/08/2024 19:07:26

    Trocou seis por meia dúzia.

  • Graci Miranda |  06/08/2024 19:07:11

    FILA ANDA E CATRACA GIRA. Lei é lei.

  • João |  06/08/2024 17:05:16

    O TJMT tá corrompido a população não acredita mais na instituição virou BALCÃO DE NEGÓCIOS ESCUSOS deste encomendas de assassinatos a aquisição de imóveis a troco de propinas, infelizmente essa é a realidade.

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