Polícia Quinta-Feira, 25 de Julho de 2024, 22h:43 | Atualizado:

Quinta-Feira, 25 de Julho de 2024, 22h:43 | Atualizado:

CASO RAQUEL CATTANI

Mandante de crime chegou a chorar durante velório

 

ALEXANDRA LOPES
Da Redação

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Romero Xavier, de 31 anos, homem apontado como mandante do brutal assassinato de sua ex-esposa, a empresária Raquel Cattani, de 26 anos, chorou no velório de Raquel.  Ele, que não aceitava o fim do casamento, teria planejado a morte da produtora rural com o irmão. 

Ele e seu irmão, Rodrigo Xavier, foram presos na noite desta quarta-feira (25). Rodrigo atacou Raquel com 34 facadas quando ela estava sozinha na residência em que morava no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum.

O corpo de Raquel  foi encontrado na manhã da última sexta-feira (19) pelo pai, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL).

Romero foi preso na casa de Gilberto, onde estava hospedado. Foram realizadas diversas diligências ininterruptas desde que a polícia foi acionada na manhã da última sexta-feira (19) no assentamento Pontal do Marape, a 150 quilômetros da cidade de Nova Mutum, onde a vítima residia e trabalhava.

“Analisamos todas as imagens do comércio da vila, das cidades vizinhas como São José do Rio Claro e Tapurah. As equipes investigativas entrevistaram centenas de pessoas, desde vizinhos, moradores do assentamento e trabalhadores. Foram mais de 150 pessoas entrevistas pelas equipes da Polícia Civil ao longo desses seis dias”, explicou o delegado responsável pela investigação, Guilherme Pompeo.

DIGITAIS E TV

Durante a análise no local do crime, apesar da aglomeração no local, um investigador notou que a janela do quarto dos filhos da vítima havia sido arrombada. Diante dessa evidência, foi solicitada a extração de eventuais impressões digitais, que foi realizada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec). A equipe da Polícia Civil, ainda no local, apreendeu um televisor que continha também algumas pegadas.

“Questionamos o porquê alguém tentaria levar uma televisão em uma motocicleta. Tal evidência sugeriu que aquele televisor foi deixado de forma proposital para fora da casa com o intuito de complicar a investigação”, acrescentou o delegado. As diligências prosseguiram e, diante da desconfiança de uma cena que poderia ter sido armada,a atenção foi voltado ao ex-marido, Romero Xavier, que mantinha comportamento possessivo e não aceitava o término da relação com a vítima.

Em novos levantamentos, a Polícia Civil descobriu que o irmão de Romero, o suspeito Rodrigo Xavier, tinha diversas passagens por furtos e outros crimes, além de ter sido usuário de entorpecentes no passado. O delegado assinalou que um dos pontos investigados foi que Romero, até antes do término da relação, se mantinha distante do irmão.

Contudo, após o fim do casamento, ambos passaram a se encontrar e trocar mensagens. Na sequência das diligências, o delegado de Nova Mutum, Edmundo Félix, tentou contato com Rodrigo, para este fosse ouvido pela Polícia Civil, mas o suspeito se esquivou por várias vezes e apresentou inconsistências em sua versão, dizendo que estava morando em uma fazenda.

PERFUME DA VÍTIMA

Na terça-feira (23), ele atualizou uma rede social sua como morador de “Cuiabá”. Nesta quarta-feira, equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e da Regional de Nova Mutum se dirigiu até o endereço de Rodrigo, na cidade de Lucas do Rio Verde.

Após horas de vigilância, ele chegou na residência e ao ser entrevistado, apresentou muito nervosismo com a presença dos policiais. Da porta que estava aberta, as equipes observaram um frasco de perfume feminino, em cima de uma bancada.

Diante da evidente suspeita, ele confessou o homicídio de Raquel Cattani. Na casa foram encontrados frascos de perfume, um aparelho de som, um cinto, um porta-celular e uma faca, todos os objetos pertencentes à vítima.

Durante a entrevista, a equipe investigativa reuniu informações que esclareceram que Rodrigo praticou o crime a mando do irmão, Romero. E levou alguns objetos da casa para simular um latrocínio e embaraçar as investigações da Polícia Civil.

O delegado Guilherme Pompeo destacou ainda que durante a sua prisão de Rodrigo foi verificada que a bota que ele utilizava no momento possuía total semelhança com a pegada encontrada na televisão na casa da vítima. “Portanto, a dinâmica do crime a ser confirmada com outros elementos de informação, aponta que Romero se encontrou com Rodrigo em Lucas do Rio Verde, na manhã do dia 18 de julho. Como Romero foi o autor intelectual do crime, ele já havia planejado alguns atos”, pontuou Pompeo.

O autor intelectual do homicídio de Raquel trouxe o irmão no próprio carro e o deixou escondido nas proximidades do sítio PH, de propriedade de Raquel Cattani. Ao longo do dia, Romero almoçou com o ex-sogro e, inclusive, chorou na frente dos familiares da vítima.

Após almoçar com o sogro, levou os filhos do casal para Tapurah a fim de criar o álibi e afastá-los do crime planejado. Durante a tarde do dia 18 de julho, ele chamou algumas pessoas com quem nem tinha muita convivência para beber e assar carne.

No período da noite, foi a três boates em Tapurah para reforçar o álibi de que estaria da cidade e, assim, não seria considerado o principal suspeito. Por outro lado, Rodrigo ficou à espreita da vítima até ela chegar ao sítio.

Romero sabia da rotina de Raquel e de forma planejada havia retirado o casal de filhos da residência anteriormente. Ao chegar no sítio por volta de 20 horas da quinta-feira, a vítima foi atacada com uma faca e foi a óbito no local.

Em seguida, Rodrigou subtraiu alguns objetos da casa, quebrou a televisão na parte de fora da casa e levou a moto da vítima com o destino a Lucas do Rio Verde. O executor do crime jogou a motocicleta, o celular e a faca do crime em um rio da região.

Nesta quinta-feira (25), a Polícia Civil solicitará ao Corpo de Bombeiros para realizar buscas no local. Ainda nesta quarta-feira, uma equipe policial coordenada pelo delegado Edmundo Félix seguiu até o assentamento Pontal do Marape para conduzir o autor intelectual do homicídio e trazê-lo até a delegacia de Nova Mutum.

 





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Comentários (3)

  • Paulo

    Segunda-Feira, 02 de Setembro de 2024, 23h01
  • Como diz seu pai. Chega de mimi.
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  • davi

    Quinta-Feira, 15 de Agosto de 2024, 07h41
  • Puts ainda estão lembrando.. pora deixa a menina descansar em paz, nao ja esta preso? do que mais se fala?
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  • João Gomes

    Sexta-Feira, 26 de Julho de 2024, 11h18
  • Esses Bozonaristas são canalhas mesmo, pois o Deputado Cattani, sabia das ameaças de morte do seu ex-genro, que também é Bozonarista, contra a sua própria filha e não fez nada, "passando pano" para o seu ex-genro, sendo que o Deputado poderia ter colocado um segurança para acompanhar a sua filha e não deixá-la sozinha em um sítio isolado na zona rural.
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