O deputado federal Emanuelzinho (MDB) chamou de descabida possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lançar o filho dele, Carlos Bolsonaro (PL), vereador pelo Rio de Janeiro, ao Senado por Mato Grosso nas eleições de 2026. Apesar disso, ressaltou que a legislação eleitoral permite e cabe à população decidir. 

Bolsonaro, que está inelegível por oito anos após condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), estuda lançar um familiar em cada estado. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) deve concorrer à reeleição pelo Rio de Janeiro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deve concorrer ao cargo pelo Distrito Federal, Eduardo Bolsonaro, por São Paulo e Carlos Bolsonaro, pode disputar em Mato Grosso ou Santa Catarina.

A hipótese é legal perante a Justiça Eleitoral, mas Emanuelzinho, em entrevista à Rádio Cultura FM, na última segunda-feira (22), a classificou como descabida. "Não tenho como dizer 'não, não pode vir'. Acho que é descabido, mas é a soberania do voto popular.  Particularmente sou contra, mas quem tem que decidir é a população", enfatizou. 

A possibilidade foi rechaçada por outros nomes da política mato-grossense como o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e o senador Jayme Campos (União). No arco de alianças deles estão o governador Mauro Mendes (União) e a deputada estadual Janaína Riva (MDB) que pretendem disputar o Senado em 2026.

A candidatura de um filho do ex-presidente poderia dificultar a pretensão dos dois. Além disso, recentemente Jayme também declarou que não é 'cachorro morto' e também pode disputar a reeleição ao Senado ou até mesmo concorrer ao Governo do Estado, o que embaralha mais ainda o grupo político. 

Emanuelzinho deve buscar a reeleição na Câmara Federal e não vê o filho '02' de Jair como bom nome por ele não conhecer o Estado e as demandas dos mato-grossenses. "Creio que seja um pré-candidato que não conhece Mato Grosso, os nossos problemas, a realidade da gente, mas a legislação permite que ele mude o domicílio eleitoral dele, deve apresentar as propostas e quem tem que decidir é a população", opinou.