Por unanimidade, a Câmara Municipal de Primavera do Leste cassou, pela segunda vez, o mandato de vereador de Adriano Carvalho (Podemos), mais conhecido como Inspetor Adriano. Após sessão extraordinária que durou mais de 13 horas, o decreto parlamentar foi publicado ainda na madrugada desta terça-feira (20).

Além de perder o título de vereador, o ex-parlamentar está inelegível por oito anos, ou seja, só poderá se candidatar a cargos públicos a partir de 2032. Ele pretendia disputar a prefeitura da cidade neste ano.

Adriano foi considerado culpado por atribuir apelido e debochar da dicção do vereador Iltemar Ferreira. Ele foi denunciado por “quebra de decoro parlamentar contra o servidor público, advogado Luiz Carlos Rezende e ter agido com truculência, de forma agressiva e dentro do parlamento ter se utilizado de postura ameaçadora, contra eleitor em 2021.

Acontece que o vereador já estava com o mandato cassado desde setembro de 2023, mas recorreu da decisão e com o aval do desembargador Márcio Vidal, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) conseguiu cancelar sessão que o cassou no ano passado, sob a justificativa de que demais parlamentares que atuam como suplentes na Casa de Leis ficaram ‘impedidos’ de votar.

Com isso, em nova sessão realizada nesta terça conforme as regras estabelecidas pelo Judiciário, foram convocados os respectivos suplentes de José Paulo Zancanaro, Manoel Mazzutti e Iltemar Ferreira. Com isso foram convocados os respectivos suplentes de José Paulo Zancanaro, Manoel Mazzutti e Iltemar Ferreira. Foram empossados no início da sessão os suplentes Aldo Batista (União) e Uberdan Morsch (MDB). Também foi convocado o suplente Carlos Araújo (MDB), que não compareceu.

Votaram favoráveis à cassação os vereadores: Valdecir Alventino, Wanessa Mello, Kinha Juriti, Tayllan Zanatta, Iva Viana, Enfermeira Giovana, Uberdam Moesch, Rafael Abreu, Sérgio Crocodilo, Nhonho, Aldo Batista Cardoso e Karla da Saúde. Luiz Magalhães e o suplente Carlos Araújo estavam ausentes.

Adriano chegou a pressionar a Câmara Munipal e acusá-la de descumprir medidas judiciais após demora do parlamento em reconhecer a ordem judicial que decretava a realização de uma nova votação para decidir sobre seu mandato.