Quarta-Feira, 07 de Maio de 2014, 05h30
Brasil e Argentina planejam estender acordo automotivo
Terra
Brasil e Argentina planejam estender o acordo automotivo por mais um ano, mas os dois países ainda precisam acertar a extensão do comércio livre de taxação, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges.
As negociações ocorrem em um momento de forte queda nas exportações de veículos do Brasil, que têm na Argentina seu principal mercado comprador. O recuo nas exportações tem contribuído para um quadro de redução na produção brasileira de veículos, agravado por um mercado interno retraído. Borges acrescentou que o governo brasileiro está buscando formas de estimular também os bancos locais para oferecer mais crédito para os consumidores brasileiros comprarem automóveis diante da queda nos índices de inadimplência. No primeiro trimestre, as vendas de veículos novos no Brasil caíram 2% sobre um ano antes.
Automóveis representam metade do comércio entre os dois vizinhos e a renovação do acordo é crucial para restaurar os volumes de negociação, ajudando a reduzir os déficits em conta corrente de ambos. No ano passado, Brasil e Argentina não chegaram a um acordo sobre quantos carros e autopeças podem entrar em cada país sem taxação, baseado numa fórmula conhecida por \"flex\".
Autoridades governamentais e empresários estão se reunindo em Brasília nesta semana para acertar o novo limite do flex que vai permitir a extensão do acordo por mais um ano. \"Temos um entendimento inicial que nós prorrogaremos por 12 meses o acordo como ele está, alterando o flex novamente para dar conforto para os argentinos\", afirmou Borges. \"Não podemos ter um flex que diminui escala\", emendou.
As regras flex anteriores que expiraram no ano passado permitiram ao Brasil exportar sem tarifas 195 dólares em valor relativo a carros e autopeças a cada US$ 100 exportados pela Argentina. A Argentina propôs reduzir o flex para o valor das exportações para US$ 130 a cada US$ 100 importados, o que iria reduzir o déficit comercial com o Brasil, o quarto maior mercado de automóveis do mundo.
Segundo Borges, o Brasil quer um limite maior, mas vê legitimidade na proposta argentina. A escassez de dólares na Argentina tem restringido as exportações brasileiras de automóveis, eletrodomésticos e outros bens manufaturados, reduzindo o superávit comercial do Brasil no ano passado ao menor nível em mais de uma década. A indústria automotiva compõe cerca da metade dos US$ 36 bilhões em comércio anual entre a Argentina e o Brasil.
As relações comerciais entre os dois países têm sido tensas nos últimos dois anos por conta das restrições às importações impostas pela Argentina para proteger seu cada vez menor superávit comercial, o que tornou difícil para as empresas acessarem dólares para pagar pelas importações. Nos primeiros três meses do ano, as exportações brasileiras para a Argentina caíram 13% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Borges disse que a extensão do acordo e uma série de medidas para facilitar os fluxos de crédito entre os dois países devem ajudar os produtores brasileiros e fornecer liquidez aos importadores argentinos.
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