Política

Sábado, 18 de Abril de 2015, 09h20

RECONSTRUÇÃO

Com Henry na cadeia, PP vive nova fase em Mato Grosso

RAFAEL COSTA

Diário de Cuiabá

 

Após ser controlado com mão de ferro nos últimos anos pelo ex-deputado federal Pedro Henry, que se encontra preso em regime semiaberto por participação no escândalo do mensalão, o Partido Progressista (PP) encara uma nova fase em Mato Grosso. A legenda agora é presidida no Estado pelo deputado federal Ezequiel Fonseca e que tem como figuras políticas de peso como o vice-governador Carlos Fávaro e o empresário do agronegócio, Eraí Maggi. 

Em 2010, o partido viveu o seu auge com a quantidade expressiva de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos que permitiram ao partido ser considerado o fiel da balança do processo eleitoral. Naquele ano, o PP se aliou ao PMDB e indicou Chico Daltro para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo peemedebista Silval Barbosa. 

No entanto, dois anos depois, o partido perdeu expressividade em Mato Grosso com a saída do partido do então presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, para fundar o PSD. A legenda fundada nacionalmente pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, atual ministro das Cidades na gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), abrigou a maioria de filiados do PP e do DEM que buscavam proximidades mais estreitas com o governo federal. 

Para 2016, a meta do partido é alcançar um bom resultado nas urnas para ser incorporado ao rol dos partidos mais fortalecidos de Mato Grosso. “O PP está aberto ao diálogo com os segmentos sociais e desejamos aumentar a representatividade com vereadores, prefeitos e vice-prefeitos oferecendo novas opções à sociedade”, disse Ezequiel Fonseca. 

O parlamentar ainda ressaltou futuramente o PP pode até mesmo pleitear uma vaga na disputa majoritária. “O partido está caminhando a um processo de fortalecimento. Lideranças novas como Carlos Fávaro e Eraí Maggi podem ser uma opção ao governo do Estado ou Senado em eleições futuras. Mas cada coisa no seu tempo, o momento é de apoio a gestão estadual e não alimentar especulação ou precipitação”. 

Enquanto renasce em Mato Grosso com novas lideranças, o PP enfrenta, nacionalmente, um desgaste interno muito forte. O partido lidera com folga o maior número de políticos investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de participação no esquema de desvio bilionário da Petrobras, conforme revelado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. 

O pedido de investigação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atinge 33 políticos do PP, sendo seis somente do Rio Grande do Sul. Na relação também consta o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PP/PI). 

 

Comentários (2)

  • Ana Coxipo |  18/04/2015 12:12:54

    2% (Erai e Favaro), sangue novo! 98% de outras lideranças, todos são discipulos de Pedro Henri, fiéis seguidores! Tem que renovar as lideranças em 100%. Sem falar que muitos da era Pedro Henri estão ocupando cargos no Governo Pedro Taques, olha a contradição!

  • Laiz Monteiro |  18/04/2015 10:10:15

    Partido com mair número de envolvidos no Petrolão. Né ? Isso não falam, por que ?

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