Candidata a prefeita de Várzea Grande pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a professora Leliane Borges afirmou que enfrenta uma “disputa desigual” diante do poder econômico de adversários nas eleições municipais de 2024. Este é o primeiro pleito da educadora.

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10.1), nesta quinta-feira (19), a petista ressaltou a importância do Fundo Eleitoral para a viabilidade de sua candidatura e criticou a concentração de recursos nas mãos de outros partidos.

“É uma diferença desigual, mas se não tivesse o Fundo Eleitoral, eu não teria condições nem de estar candidata. A gente, que vem do povo, e não tem esse arcabouço financeiro, depende principalmente do Fundo Eleitoral”, afirmou.

De acordo com dados da Justiça Eleitoral, Leliane Borges recebeu um total de R$ 408 mil do Fundo Eleitoral, enquanto seus adversários acumulam cifras bem mais elevadas.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Kalil Baracat (MDB), conta com R$ 2,8 milhões provenientes de repasses do MDB, partidos aliados e apoiadores. Já Flávia Moretti (PL) recebeu R$ 1,5 milhão. O candidato Miltão, do PSOL, ainda não apresentou suas contas, impossibilitando a verificação de quanto ele já recebeu para a campanha.

Conforme a candidata, o PT encaminhou inicialmente R$ 52 mil do fundo, valor que, segundo ela, deveria ser duplicado. O montante não daria para custear a produção da campanha para televisão.

"Recebi uma parcela de R$ 52 mil, mas era para ser duas parcelas, totalizando R$ 104 mil. Chamei a presidente do nosso partido, dizendo que era irreal, que precisava de um suporte e nem para mídia de televisão eu ia conseguir", pontuou.

Diante do apelo, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, encaminhou mais recursos para a campanha de Leliane.

No entanto, a candidata enfatizou que os valores permanecem insuficientes para enfrentar seus concorrentes. "Mesmo assim, quando somamos esse valor, ainda é pouco para as necessidades de uma campanha competitiva", reforçou.